Essa previsão atual é 1,5% maior do que a estimativa realizada pela pesquisa em agosto. Caso se concretize, o ano de 2023 será marcado por altas nas produções de cereais, leguminosas e oleaginosas. A soja terá um aumento de 26,5%, o algodão herbáceo de 12,3%, o sorgo de 43,3%, o milho de 19,6% e o trigo de 4,8%. Apenas o arroz em casca deverá registrar uma queda de 5,1% em relação ao ano passado.
A área a ser colhida em 2023 está estimada em 77,8 milhões de hectares, representando um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior, o que equivale a um acréscimo de 4,6 milhões de hectares. Comparando com a estimativa realizada em agosto, esse aumento é de 0,4%, ou seja, mais 339 mil hectares.
O pesquisador do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, destaca que o principal fator que influencia na safra deste ano é o aumento da produtividade. As condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras contribuíram para esse resultado positivo, mesmo considerando os problemas enfrentados no Rio Grande do Sul, como a falta de chuva, que afetou as principais lavouras de soja e milho. Mesmo assim, o estado conseguiu obter uma produção maior do que no ano passado.
Além dos cereais, leguminosas e oleaginosas, o estudo também avalia outras lavouras de destaque para a economia do país. É esperado um aumento na produção de cana-de-açúcar (11,9%), café arábica (14,6%), mandioca (2,6%), batata-inglesa (1,4%), uva (11,8%) e tomate (1,6%). Por outro lado, as safras de café canephora e laranja devem apresentar uma queda de 7,3% e 7,2%, respectivamente. A produção de banana, por sua vez, deverá se manter estável em relação ao ano passado.