A expectativa é que o Brasil produza 295,4 milhões de toneladas de grãos na safra atual, o que representa uma redução de 24,3 milhões de toneladas em comparação com a safra recorde anterior, que atingiu 319,8 milhões de toneladas. A nova projeção também é inferior aos 317,5 milhões de toneladas estimados no primeiro levantamento da atual safra.
Essa redução na produção se deve principalmente aos ajustes na área semeada de culturas como soja e milho. Além disso, a tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, com enchentes e enxurradas, ainda não teve seus impactos contabilizados nos dados mais recentes da Conab.
Segundo o presidente da Conab, Edgar Pretto, as perdas para o setor no estado do Rio Grande do Sul ainda não podem ser precisamente quantificadas devido às condições climáticas adversas. No entanto, a estatal antecipa que o próximo levantamento deverá revelar os impactos das fortes chuvas nas lavouras do estado.
Por outro lado, a produção de feijão deve apresentar um aumento de 9,5% no ciclo 2023/2024, atingindo um total de 3,32 milhões de toneladas. A cultura do trigo, que é semeado para desenvolvimento no inverno, deve sofrer impactos devido ao atraso na semeadura no Rio Grande do Sul.
No que diz respeito à produção de soja, a estimativa é de 147,6 milhões de toneladas, representando uma queda de 4,5% em relação à safra anterior. Já a produção de milho deve registrar uma redução de 15,4% para 2023/2024, influenciada por condições climáticas adversas.
Diante desses cenários, a Conab continua monitorando a evolução da safra e os possíveis impactos das condições climáticas nas produções de grãos no país. Enquanto isso, as políticas públicas de incentivo ao consumo de arroz têm impulsionado a estimativa de consumo no Brasil, levando a um aumento nas importações do grão.