Outros motivos de queixas incluem produtos ou serviços diferentes do anunciado (217 reclamações), cancelamento de compras após a efetivação (195), maquiagem de descontos (183) e a falta de disponibilidade do item promocional anunciado (175). Esses números servem como alerta não apenas para os consumidores, mas também para as empresas identificarem eventuais problemas e melhorarem a relação com o público.
Para Luiz Orsatti Filho, diretor-executivo do Procon-SP, os dados oferecem uma oportunidade estratégica para as empresas mudarem e melhorarem seus negócios. Ele enfatiza que os consumidores devem utilizar o site do órgão para registrar queixas e consultar empresas reclamadas.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, recomendou que os consumidores redobrem os cuidados durante a Black Friday para evitarem cair em armadilhas. É importante analisar os valores dos produtos, ler as políticas de devolução e garantia de cada estabelecimento.
Conforme o Código de Defesa do Consumidor, toda publicidade deve ser clara e precisa, e os consumidores têm direito a informações verdadeiras sobre os produtos, incluindo preço, características e condições de pagamento. Práticas como aumento de preços antes do evento para simular descontos maiores são consideradas ilegais.
O secretário Wadih Damous ressaltou a importância de informação e do monitoramento do mercado para coibir práticas abusivas durante a Black Friday. Ele destaca que é fundamental que os consumidores conheçam seus direitos e exijam um consumo seguro e vantajoso durante a data.