Para 2025 e 2026, a projeção da inflação permaneceu em 3,5% nos dois anos. No entanto, a estimativa para 2024 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Já em relação a 2023, aguarda-se a divulgação dos dados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no próximo dia 11. O mercado financeiro estima que a inflação do ano passado tenha ficado em 4,46%, influenciada pelo aumento dos preços dos alimentos, que pressionou o índice, segundo o IBGE. A inflação acumulada em 2023 atingiu 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice consolidado está em 4,68%.
A previsão para a taxa básica de juros (Selic) indica um fechamento de 2024 em 9% ao ano, de acordo com o mercado financeiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) tem sua primeira reunião agendada para 30 e 31 de janeiro e para o final de 2025 e 2026, a expectativa é de Selic em 8,5% ao ano, em ambos os anos.
Sobre o crescimento da economia, a projeção das instituições financeiras para 2024 permaneceu em 1,52%. Já para 2025, a expectativa é de crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) e para 2026, a projeção é semelhante, também de 2%. No terceiro trimestre de 2023, a economia brasileira cresceu 0,1% em comparação com o segundo trimestre, totalizando uma alta acumulada de 3,2% entre janeiro e setembro.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano e em R$ 5,03 para o fim de 2025, segundo a expectativa do mercado financeiro. As decisões acerca da taxa Selic refletem a necessidade de conter uma demanda aquecida, com possível impacto nos preços devido ao encarecimento do crédito e os reflexos sobre a inflação e a atividade econômica. Entretanto, as projeções do mercado indicam uma estabilidade e até mesmo um cenário de crescimento para a economia brasileira nos próximos anos.
