Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24). No acumulado dos últimos doze meses, o IPCA-15 atingiu 4,5%, chegando exatamente no limite máximo da meta de inflação estabelecida pelo governo. Em dezembro de 2024, esse acumulado era de 4,71%.
A desaceleração da inflação em janeiro indica que os preços continuam subindo, porém em uma velocidade menor. Os alimentos e as passagens aéreas foram os principais responsáveis por essa pressão inflacionária. No entanto, o custo da habitação teve uma queda significativa, impulsionada pela redução na conta de luz.
O grupo de alimentos e bebidas foi um dos que mais contribuiu para a pressão inflacionária, com um aumento de 1,06%. Itens como refeição, café moído e tomate foram os principais vilões nesse sentido. Já o grupo de transportes também teve um impacto expressivo no custo de vida, com uma alta de 1,01%.
Por outro lado, o grupo de habitação apresentou uma taxa negativa, com uma queda de 3,43%, impulsionada pela redução no custo da energia elétrica. Esse alívio nos preços foi resultado do Bônus de Itaipu, um desconto na conta de luz dos consumidores.
Em relação aos objetivos de inflação do governo, o IPCA-15 para o mês de janeiro está dentro da meta estabelecida. No entanto, o monitoramento continuará sendo feito conforme os dados do IPCA fechado, que será divulgado em fevereiro. Para o ano de 2025, a meta de inflação é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em 2024, o país encerrou o ano com uma inflação de 4,83%, acima da meta estabelecida.
A partir deste ano, o cumprimento da meta de inflação será avaliado com base nos últimos 12 meses, e não apenas nos dados finais de dezembro. A meta só será considerada descumprida se ultrapassar o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.