ECONOMIA – Presidente do BNDES defende parcerias com a iniciativa privada para fomentar a indústria nacional de defesa e propõe criação de empresa pública.


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu a busca de mais parcerias com a iniciativa privada para impulsionar a indústria nacional de defesa. Durante o seminário “4ª Revolução Industrial: Desafios para Defesa, Segurança e Desenvolvimento Nacional”, realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, Mercadante também sugeriu a criação de pelo menos uma empresa pública para atrair investimentos para o complexo industrial de defesa brasileiro.

O presidente do BNDES comparou o potencial dos Estados Unidos e da Europa em fomentar suas indústrias locais para justificar a necessidade de se aproximar do setor privado. Ele ressaltou que o complexo indústria de defesa é uma das diretrizes da nova política industrial do governo.

Aloizio Mercadante posicionou o Brasil como uma liderança do Sul Global, do grupo dos países emergentes Brics e da América Latina. Ele classificou a política de defesa como um alicerce da política externa brasileira. Segundo o presidente do BNDES, ter uma indústria de defesa forte e forças armadas preparadas contribui para evitar hostilidades e constrangimentos, além de promover a paz e impulsionar a diplomacia do país.

Mercadante afirmou que a indústria de defesa desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil. Ele destacou que tecnologias como GPS, computadores e internet seriam inexistentes sem o desenvolvimento da indústria de defesa. O setor representa entre 4% e 5% do PIB brasileiro e possui caráter estratégico para agregar valor, gerar empregos e mão de obra qualificada.

O ministro da Defesa, José Múcio, recebeu uma sugestão de Mercadante durante o evento. O presidente do BNDES propôs a criação de pelo menos uma empresa pública estratégica de defesa vinculada diretamente ao Ministério da Defesa. Essa empresa teria o objetivo de buscar investimentos e créditos para o setor, garantindo mais agilidade e eficiência nas ações.

Mercadante aproveitou a ocasião para anunciar financiamentos do BNDES para a Embraer. O banco está fechando o financiamento de 28 aeronaves, totalizando US$ 778 milhões. O presidente do BNDES ressaltou a importância do investimento público no setor de defesa e citou a empregabilidade de 2,9 milhões de pessoas pela base industrial de defesa do país.

O ministro Marcos Amaro, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, adiantou que o governo pretende anunciar nas próximas semanas iniciativas de segurança cibernética. Está prevista a apresentação da Política Nacional de Segurança Cibernética e do projeto de lei para criação da Agência Nacional de Segurança Cibernética.

O seminário no BNDES tem como objetivo discutir políticas públicas relacionadas ao setor de defesa, segurança e desenvolvimento nacional. Especialistas, autoridades e representantes de instituições como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Petrobras estão presentes nos painéis de debates.

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