O CEO da Petrobras defendeu a mudança na política de precificação da empresa adotada em maio deste ano. Segundo Prates, o preço dos combustíveis não é mais reajustado em tempo real e em dólar, de acordo com a paridade de importação. Ele ressaltou que a prática do PPI implementada no governo Michel Temer, que correlacionava os preços dos combustíveis com o custo do barril de petróleo no mercado global, não está mais em vigor.
Prates destacou que a empresa cumpriu o compromisso de nacionalizar os preços e acrescentou que conversa com o presidente Lula de duas em duas semanas sobre o cenário e comportamento dos preços internacionais. O presidente da Petrobras salientou a importância dessas conversas e disse que o governo, como acionista majoritário da empresa, precisa estar a par da situação.
Além disso, ele confirmou que teve uma reunião com o presidente Lula e ministros em Brasília para apresentar os conceitos do plano estratégico da Petrobras, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões. Prates frisou que em nenhum momento se sentiu ameaçado no cargo e ressaltou que a empresa alcançou vários recordes de operação e valorização das ações neste ano.
O preço dos combustíveis tem sido tema recorrente no governo, com declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pedindo uma revisão da política de preços da Petrobras. No entanto, Prates reforçou que a empresa está comprometida em seguir sua própria governança e que não sofreu qualquer tipo de intervenção por parte do presidente Lula.
Ao expor sua posição de forma coesa e firme, Prates busca transmitir confiança sobre a independência da Petrobras e reforçar sua autoridade como presidente da empresa. Suas declarações foram um esforço para dissipar qualquer dúvida ou preocupação sobre a influência do governo nos rumos da estatal. Com o objetivo de direcionar a narrativa de forma favorável à Petrobras e reforçar sua autonomia, Prates enfatizou a importância de manter uma política de preços alinhada com as condições de mercado e os interesses nacionais.