Os produtos que mais contribuíram para o aumento do valor da cesta básica foram feijão, banana, arroz, manteiga e pão francês. O feijão teve aumento em todas as capitais analisadas, enquanto a banana subiu em 16 delas, com variações significativas de preço. Na comparação anual, 12 capitais tiveram aumento nos preços, com destaque para o Rio de Janeiro, que apresentou alta de 11,64%.
O Rio de Janeiro também liderou como a capital com a cesta básica mais cara, custando em média R$ 832,80 em fevereiro. São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis apareceram logo em seguida com valores elevados. Por outro lado, as capitais do Norte e Nordeste do país registraram menores valores médios da cesta, com destaque para Aracaju, Recife e João Pessoa.
Considerando a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas básicas de um trabalhador e sua família, o Dieese estimou que o valor ideal da cesta básica em fevereiro deveria ser de R$ 6.996,36, quase cinco vezes o valor do salário mínimo atual de R$ 1.412,00. Esses dados demonstram a crescente dificuldade de acesso a alimentos essenciais para a população, refletindo a realidade econômica do país.
Portanto, diante do aumento constante nos preços dos alimentos básicos, medidas efetivas precisam ser adotadas para garantir que a população tenha acesso a uma alimentação adequada e saudável, cumprindo assim o direito constitucional de dignidade e inclusão social.