O Projeto Ventos de Libra recebeu um investimento de R$ 8 milhões e prevê o desenvolvimento de tecnologias para estudos, criação de metodologias para analisar os ventos e uma avaliação sobre a viabilidade técnica de instalação das eólicas. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou a importância da iniciativa para desenvolver conhecimento e capacitação no segmento de eólicas offshore, aproveitando o grande potencial desta forma de energia no Brasil.
Os desafios científicos e tecnológicos das eólicas offshore foram destacados pelo diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, que ressaltou a importância de aprimorar modelos para reduzir os riscos na implantação da tecnologia eólica flutuante em regiões de águas profundas. Já o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim, enfatizou como projetos dessa natureza podem contribuir para a descarbonização das atividades, alinhando-se ao Plano Estratégico da Petrobras.
A estação de medição de ventos foi instalada no navio-plataforma P-75, utilizando um sistema de medições de sensoriamento remoto do tipo Lidar (Light Detection and Ranging). Os dados coletados serão transmitidos para o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes) para avaliação ao longo de 3 anos. Carlos Travassos, diretor de Engenharia e Tecnologia e Inovação da Petrobras, lembrou que a empresa já iniciou estudos nessa área há uma década, com a instalação da primeira torre anemométrica em águas rasas no litoral do estado do Rio Grande do Norte.
Liderado pela engenheira Cristiane Lodi, o Projeto Ventos de Libra conta com a coordenação da professora Adriane Prisco Petry, da UFRGS. O consórcio responsável pelo projeto é operado pela Petrobras em parceria com a Shell Brasil, TotalEnergies, CNPC, CNOOC e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA. A próxima etapa do trabalho será realizada no Campo de Mero, consolidando o compromisso das empresas envolvidas com a busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o setor energético.
