A ação ocorreu em paralelo à Cúpula de chefes de Estado do G20, que aconteceu nesta segunda-feira e continuará na terça-feira (19) sob a presidência rotativa do Brasil. O G20 é composto pelos países com as maiores economias do mundo, além da União Europeia e, recentemente, da União Africana.
A proposta do Observatório do Clima é taxar em 2% a riqueza de 3 mil bilionários anualmente, de modo a financiar uma grande parte das ações necessárias para lidar com a mudança climática. Essas ações visam beneficiar as populações mais vulneráveis do planeta, como aquelas em países pobres, povos da floresta, ribeirinhos, moradores de favelas e zonas rurais afetadas por inundações, secas e temperaturas extremas.
De acordo com as informações divulgadas, os países do G20 são responsáveis por cerca de 80% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, além de representarem 80% da economia global. Portanto, as entidades ambientais brasileiras apoiam a ideia de aumentar o financiamento para ações climáticas por parte dos principais poluidores.
Além disso, é destacada a necessidade de cooperação internacional para combater movimentações financeiras ilegais e paraísos fiscais, a fim de mobilizar recursos públicos novos e adicionais para o financiamento climático, especialmente para os países do Sul Global.
Durante a presidência brasileira do G20, o país também defendeu a proposta de um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários do mundo, que poderia arrecadar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões por ano. Essa arrecadação seria uma fonte importante de financiamento para a luta contra a desigualdade e as mudanças climáticas.
Portanto, a taxação dos super-ricos para transformar metas climáticas em ações concretas tem sido discutida intensamente durante a cúpula do G20, com destaque para a proposta brasileira nesse sentido. Essas iniciativas buscam sensibilizar os líderes globais sobre a importância de priorizar ações contra a crise climática e garantir uma transição energética justa para o planeta.