Além disso, o número de investidores cadastrados no programa de venda de títulos públicos teve um aumento de 468.954, representando um crescimento de 23,3% em relação ao ano anterior. O total de investidores cadastrados chegou a 25.475.824 pessoas.
O destaque fica por conta do lançamento do Tesouro Educa+, um título que permite ao comprador obter uma renda complementar para custear seus estudos. Neste mês de agosto, 10% do total de novos investidores cadastrados estão na faixa etária de até 15 anos. Isso representa um crescimento significativo em comparação ao percentual de 0,5% de investidores nessa faixa etária no total de investidores cadastrados.
O Tesouro Educa+ está disponível não apenas para pais que desejam investir na educação de seus filhos, mas também para pessoas de qualquer idade que estejam planejando fazer um curso no médio prazo, como especializações, mestrados e doutorados. Além disso, o Tesouro Nacional está realizando sorteios de até R$ 50 mil para investidores do Tesouro Educa+.
No mês de agosto, as vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 607,9 milhões. As vendas atingiram o valor de R$ 3,659 bilhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 3,051 bilhões, o que mostra o interesse dos investidores no programa.
Os pequenos investidores têm se interessado cada vez mais pelo Tesouro Direto, realizando vendas de até R$ 5 mil, que representaram 85,2% do total de 687.707 operações realizadas em agosto. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 65,5% dessas operações, com um valor médio por operação de R$ 5.320,86.
Quanto aos prazos dos títulos, os investidores têm preferido papéis de médio prazo, com as vendas de títulos com prazo de um a cinco anos representando 38% do total, seguidas pelas vendas de títulos com prazo de cinco a dez anos, que representaram 46,7% do total. Já os papéis com prazo de mais de dez anos representaram 15,3% das vendas.
Os títulos corrigidos pela Selic, taxa básica de juros, foram os mais procurados pelos investidores, correspondendo a 66,2% do total de vendas. Isso pode ser explicado pelo alto nível da taxa Selic, que foi elevada pelo Banco Central a partir de março de 2021. Mesmo com a expectativa de queda dos juros, os investidores continuam comprando esses títulos.
Os títulos vinculados à inflação (IPCA) tiveram participação de 22% nas vendas, enquanto os títulos prefixados representaram 11,8% do total.
O estoque total do Tesouro Direto atingiu a marca de R$ 121,6 bilhões no final de agosto, um aumento de 1,4% em relação ao mês anterior e de 23,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O Tesouro Direto foi criado em 2002 com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo que pessoas físicas adquirissem esses títulos diretamente do Tesouro Nacional, pela internet, sem a necessidade de intermediários financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.
Essa modalidade de investimento é uma forma que o governo tem de captar recursos para pagar suas dívidas e honrar seus compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor investido com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.
