ECONOMIA – Noruega anuncia aporte de US$ 50 milhões para Fundo Amazônia durante COP28 em Dubai, sendo o maior doador desde 2008.



A Noruega anunciou oficialmente nesta segunda-feira (11) um aporte de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, o que equivale a aproximadamente R$ 245 milhões. A revelação sobre a doação foi feita durante um painel em comemoração aos 15 anos do fundo, na Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP28), que está sendo realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Com essa nova contribuição, a Noruega, que foi o primeiro país a colaborar com o Fundo Amazônia, também se consolida como o maior doador. Desde 2008, o país já doou mais de R$ 3 bilhões.

A diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, comentou que “este anúncio renova os compromissos da Noruega e é demonstração da confiança de que, com o governo Lula, retomamos o enfrentamento ao desmatamento, depois de quatro anos em que o Fundo Amazônia ficou paralisado”.

Além do aporte da Noruega, durante a COP28 o Reino Unido também anunciou uma contribuição suplementar de cerca de R$ 215 milhões, totalizando um valor de R$ 500 milhões.

O Fundo Amazônia é considerado a maior iniciativa do mundo para a redução de emissão de gases do efeito estufa provenientes de desmatamento e degradação florestal. Ele é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil, gerido pelo BNDES e apoia projetos de monitoramento e combate ao desmatamento, além de promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica.

O Brasil é apontado como o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, sendo que metade dessas emissões é causada por desmatamentos e queimadas.

A retomada do Fundo Amazônia neste ano marca um momento importante, uma vez que nos últimos quatro anos não houve aportes ou aprovação de projetos de conservação. Em 2019, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, havia extinguido comitês responsáveis pela gestão dos recursos do Fundo Amazônia, o que inviabilizou o financiamento de projetos e a continuidade das doações.

Ao longo de 2023, também foram anunciadas doações da União Europeia (cerca de R$ 110 milhões), Dinamarca (R$ 105 milhões), Alemanha (R$ 110 milhões), Suíça (R$ 30 milhões) e Estados Unidos (R$ 15 milhões de uma doação total anunciada de R$ 2,5 bilhões). Além desses países, a Petrobras também contribui com o fundo.

A maior chamada pública já realizada pelo Fundo Amazônia, chamada Restaura Amazônia, destinará R$ 450 milhões a projetos de restauração ecológica de grandes áreas desmatadas ou degradadas em três macrorregiões. Ao todo, desde a criação do Fundo em 2008, foram apoiados 106 projetos, beneficiando aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 terras indígenas na Amazônia e 196 unidades de conservação.

Atualmente, o Fundo Amazônia conta com cerca de R$ 4 bilhões disponíveis para apoio a novos projetos de desenvolvimento sustentável. Informações sobre os projetos apoiados, doações e auditorias estão disponíveis no site do Fundo Amazônia.

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