De acordo com o balanço divulgado pela Caixa, a carteira de crédito total da instituição fechou o primeiro semestre em R$ 1,062 trilhão, evidenciando um aumento de 14,4% em relação aos últimos 12 meses. Em relação aos empréstimos, o banco concedeu um total de R$ 259,1 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 8,5% comparado ao mesmo período do ano anterior. Já no segundo trimestre, os empréstimos somaram R$ 132,5 bilhões, uma alta de 1,9% na mesma comparação.
Dentre o saldo total de crédito, cerca de R$ 682,8 bilhões correspondem a crédito imobiliário, sendo esse o principal segmento do banco. Esse valor representa um crescimento de 15% em relação a junho do ano passado. Os financiamentos imobiliários concedidos nos primeiros seis meses deste ano totalizaram R$ 85,4 bilhões, considerando os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS). Essa cifra mostra um aumento de 14% em comparação ao mesmo período de 2022.
A Caixa destaca a relevância do crédito imobiliário para o mercado, sendo responsável por 67,5% dos financiamentos desse setor em todo o país. No Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias de baixa renda, o banco concentra uma participação de 99% no mercado. A instituição afirma que o crédito imobiliário contribuiu para a aquisição da casa própria por 1,3 milhão de pessoas no primeiro semestre e para a criação de 581,1 mil empregos.
Além do crédito imobiliário, outras linhas de crédito tiveram desempenho positivo no primeiro semestre. O crédito ao agronegócio encerrou o período com um saldo de R$ 49,4 bilhões, representando um aumento de 60,5%. O estoque de crédito consignado alcançou R$ 102,8 bilhões, com um aumento de 13,5%. Já o saldo de crédito para infraestrutura somou R$ 98,5 bilhões, mostrando um crescimento de 5,3% até o final de junho.
Em relação às receitas e despesas, as receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 12,5 bilhões no primeiro semestre, apresentando um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques foram o aumento de 29,1% em produtos de seguridade, de 6,5% nas receitas de cartões de débito e crédito e de 5,4% nos serviços prestados para o governo. Já as despesas administrativas, incluindo despesas de pessoal e outras despesas administrativas, somaram R$ 19,8 bilhões, evidenciando um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2022.
Em relação à inadimplência, as operações com mais de 90 dias de atraso tiveram um aumento de 2,71% no primeiro semestre de 2022, em comparação aos 1,73% do mesmo período de 2022. A Caixa ressalta que esse crescimento poderia ter sido menor, situando-se em 2,46%, caso não houvesse o impacto de um caso específico não divulgado pelo banco. No que diz respeito exclusivamente ao crédito imobiliário, o índice de operações com mais de 90 dias de atraso ficou em 2,1%. A Caixa reforça que 95% dos financiamentos desse setor têm notas entre AA e C, indicando a ausência de calote, embora as notas B e C sinalizem risco de inadimplência.
Com esses resultados, a Caixa Econômica Federal reforça sua liderança no mercado de crédito imobiliário no país e destaca a importância desse segmento para o impulsionamento da economia, contribuindo para a realização do sonho da casa própria por parte de milhares de brasileiros.