A nota do Brasil subiu de Ba2 para Ba1, ficando a apenas um nível abaixo do grau de investimento, que é fundamental para garantir a segurança de que o país não corra o risco de dar calote em sua dívida pública. A Moody’s ressaltou em seu comunicado a importância do compromisso do Brasil com as metas fiscais e com a trajetória de estabilização da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Entre as reformas que contribuíram para a decisão da agência, destaca-se a reforma tributária, considerada uma das mais importantes. A Moody’s acredita que o novo sistema tributário irá aprimorar o ambiente de negócios e a alocação de recursos, aumentando o potencial de crescimento econômico no longo prazo. Além disso, a agenda de transição energética também foi mencionada, visando atrair investimentos privados e reduzir a vulnerabilidade do país a choques climáticos.
No que diz respeito às contas públicas, a Moody’s espera uma melhora gradual nos resultados primários do governo nos próximos três anos, com base nos esforços para aumentar as receitas e controlar os gastos. O comunicado ressaltou ainda que, apesar da dívida pública e dos juros elevados, o Brasil possui expressivos ativos líquidos, sendo credor externo desde 2006.
O Ministério da Fazenda reafirmou o compromisso do governo em melhorar as contas públicas, destacando a necessidade de estabilizar a relação dívida/PIB. A pasta enfatizou que um balanço fiscal mais robusto poderá contribuir para a redução das taxas de juros e melhorar as condições de crédito, favorecendo a expansão dos investimentos públicos e privados.
Desde 2017, a Moody’s tem classificado o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, mas a nota atual está melhor do que a atribuída por outras agências de classificação de risco como a Fitch e a S&P Global. Ainda assim, a perspectiva positiva sinaliza um cenário favorável para a economia brasileira e a manutenção do bom desempenho nas análises de risco.