ECONOMIA – Ministro Luiz Marinho Minimiza Impacto de Tarifa de 50% dos EUA e Destaca Abertura de Novos Mercados para Exportações Brasileiras

Na última quarta-feira, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abordou a impactante imposição de tarifação de 50% sobre as exportações brasileiras, aplicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante uma transmissão ao vivo com representantes de várias centrais sindicais, Marinho assegurou que o Brasil não deve entrar em pânico diante dessa medida. Ele ressaltou que, apesar dos EUA serem um parceiro comercial significativo, sua participação nas exportações do Brasil já não é tão dominante, representando atualmente cerca de 12% do total.

O ministro fez questão de destacar que, mesmo com essa redução percentual, o Brasil vem expandindo suas oportunidades comerciais com a abertura de 387 novos mercados durante os dois anos e meio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa diversificação, segundo ele, efetivamente diminui a dependência do Brasil em relação ao mercado americano, o que é considerado um avanço positivo.

Marinho acredita que as ações de Trump podem, paradoxalmente, impulsionar a consolidação dos BRICS e reduzir a dependência do dólar, tradições que se tornam cada vez mais relevantes no cenário econômico global. Ele enfatizou que novas inovações estão a caminho, como o lançamento do Pix parcelado, que pode impactar negativamente as bandeiras tradicionais de cartões de crédito americanos.

Em relação ao emprego, o ministro afirmou que o governo está elaborando estratégias para preservar postos de trabalho, enfatizando a importância de estimular o mercado interno. Isso inclui iniciativas como compras governamentais que beneficiem setores essenciais, como a alimentação escolar e o sistema de saúde. A estruturação de ferramentas de crédito também está sendo considerada para apoiar as empresas em tempos de dificuldade.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi ressaltada por Marinho como uma alternativa para garantir os empregos, contanto que respeitadas as negociações individuais com os trabalhadores. Ele pediu aos sindicatos a agirem com prudência e a se atentarem à realidade de cada setor durante as negociações salariais.

Sérgio Nobre, presidente da CUT, mencionou que as sanções dos EUA representam um ataque à soberania nacional e que o governo Lula está reagindo de maneira firme e serena. Para ele, o papel das centrais sindicais será crucial para enfrentar os desafios impostos por essa tarifa, já que a condição econômica do país se mostra resiliente.

Ricardo Patah, da UGT, complementou ao afirmar que as consequências da tarifa serão sentidas em diversos segmentos, embora o impacto no mercado de trabalho não se traduza necessariamente em desemprego imediato, mas sim em uma redução da renda, especialmente para trabalhadores cujos salários dependem de comissões.

A discussão, que contou com a participação de vários líderes sindicais, evidencia a importância da união entre as centrais para garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores em um cenário global repleto de incertezas.

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