O ministro fez questão de destacar que, mesmo com essa redução percentual, o Brasil vem expandindo suas oportunidades comerciais com a abertura de 387 novos mercados durante os dois anos e meio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa diversificação, segundo ele, efetivamente diminui a dependência do Brasil em relação ao mercado americano, o que é considerado um avanço positivo.
Marinho acredita que as ações de Trump podem, paradoxalmente, impulsionar a consolidação dos BRICS e reduzir a dependência do dólar, tradições que se tornam cada vez mais relevantes no cenário econômico global. Ele enfatizou que novas inovações estão a caminho, como o lançamento do Pix parcelado, que pode impactar negativamente as bandeiras tradicionais de cartões de crédito americanos.
Em relação ao emprego, o ministro afirmou que o governo está elaborando estratégias para preservar postos de trabalho, enfatizando a importância de estimular o mercado interno. Isso inclui iniciativas como compras governamentais que beneficiem setores essenciais, como a alimentação escolar e o sistema de saúde. A estruturação de ferramentas de crédito também está sendo considerada para apoiar as empresas em tempos de dificuldade.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi ressaltada por Marinho como uma alternativa para garantir os empregos, contanto que respeitadas as negociações individuais com os trabalhadores. Ele pediu aos sindicatos a agirem com prudência e a se atentarem à realidade de cada setor durante as negociações salariais.
Sérgio Nobre, presidente da CUT, mencionou que as sanções dos EUA representam um ataque à soberania nacional e que o governo Lula está reagindo de maneira firme e serena. Para ele, o papel das centrais sindicais será crucial para enfrentar os desafios impostos por essa tarifa, já que a condição econômica do país se mostra resiliente.
Ricardo Patah, da UGT, complementou ao afirmar que as consequências da tarifa serão sentidas em diversos segmentos, embora o impacto no mercado de trabalho não se traduza necessariamente em desemprego imediato, mas sim em uma redução da renda, especialmente para trabalhadores cujos salários dependem de comissões.
A discussão, que contou com a participação de vários líderes sindicais, evidencia a importância da união entre as centrais para garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores em um cenário global repleto de incertezas.