ECONOMIA – Ministro do Trabalho critica aumento da Selic e defende controle da inflação com aumento da produção, não apenas com restrição ao crédito.



O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez duras críticas à política do Banco Central de aumento na taxa básica de juros da economia, a Selic. Em sua visão, o controle da inflação não deve ser realizado apenas por meio do aumento da taxa de juros, o que gera restrição ao crédito e contração da atividade econômica, mas também pelo estímulo à produção.

Na última quarta-feira (29), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar os juros em mais 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. Essa foi a quarta alta consecutiva da Selic, atingindo o patamar mais alto desde setembro de 2023. De acordo com o Banco Central, a justificativa para a elevação da taxa está relacionada com a recente valorização do dólar e as incertezas no cenário da inflação e da economia global.

Durante uma coletiva de imprensa para apresentar o resultado da geração de empregos no Brasil, que fechou 2024 com saldo positivo de 1.693.673 empregos formais, Marinho reforçou sua posição contra os aumentos na Selic. O ministro defende que o combate à inflação também deve considerar o aumento da produção, visando controlar os índices inflacionários a partir da oferta de bens e serviços.

Marinho destacou a necessidade de um olhar mais atento para a economia brasileira e alertou para os impactos negativos dos sucessivos aumentos na Selic. Segundo ele, a política de elevação dos juros impõe restrições severas à atividade produtiva, encarecendo o crédito e afetando o orçamento público. Além disso, o ministro ressaltou a importância de não repetir a mesma rotina de aumentos na taxa de juros, a fim de preservar o orçamento público e incentivar investimentos.

O Copom anunciou que elevará novamente a Selic em 1 ponto percentual na reunião de março, porém não confirmou se os aumentos continuarão na reunião de maio. Marinho continua crítico em relação a essas decisões e pede uma reavaliação por parte da direção do Banco Central, a fim de evitar impactos negativos no cenário econômico brasileiro.

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