Durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Silveira informou que pretende retornar da Venezuela com datas definidas para a retomada da importação. Ele acrescentou que se a linha estiver segura e a produção de energia em Guri estiver dentro da normalidade, é possível que em 30 dias a energia elétrica já esteja chegando em Boa Vista, capital de Roraima.
A importação de energia da Venezuela foi possibilitada por um decreto presidencial assinado em agosto, e é uma medida crucial para Roraima, uma vez que o estado é o único que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional do Brasil. Atualmente, Roraima precisa recorrer a termelétricas que utilizam óleo diesel, uma opção mais cara e poluente. A energia vinda da usina Guri era fornecida a Roraima entre 2001 e 2019, mas foi interrompida devido a apagões no país vizinho.
De acordo com o ministro, a importação de energia trará segurança energética para Roraima e reduzirá os custos para os consumidores brasileiros em R$ 10 milhões mensais. Silveira ressaltou a importância de modernizar o sistema energético brasileiro e se integrar com os países vizinhos, garantindo o fornecimento seguro com tarifas mais acessíveis.
Além da Venezuela, o Brasil já possui intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, através da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu. Outra medida do governo para a região norte do país é a interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional, que deverá ser concluída em um prazo de um ano, de acordo com o ministro.
Essa iniciativa demonstra o empenho do governo em buscar soluções sustentáveis e economicamente viáveis para o abastecimento de energia elétrica em Roraima. A retomada da importação de energia da Venezuela e a interligação ao Sistema Interligado Nacional são passos importantes para garantir um suprimento energético eficiente e com tarifas mais acessíveis para a população.
