ECONOMIA – Ministro da Fazenda propõe taxação global de grandes fortunas para combater desigualdade e mudança climática no G20.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma proposta audaciosa durante a 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais da Trilha de Finanças do G20. Em seu discurso, Haddad sugeriu que os países de todo o mundo unam forças para taxar as grandes fortunas. Segundo ele, é fundamental que os bilionários contribuam de forma mais justa para os impostos, a fim de combater a desigualdade e as mudanças climáticas.

Haddad enfatizou a importância de avançar nas negociações já em andamento na OCDE e ONU, além de defender a implementação de uma tributação mínima global sobre a riqueza como um terceiro pilar da cooperação tributária internacional. O ministro, que deveria presidir a reunião, precisou fazer seu discurso por transmissão de vídeo devido ao diagnóstico de covid-19 no fim de semana.

Para Haddad, a desigualdade social deve ser central nas análises e planejamentos econômicos, não apenas como uma preocupação social, mas como uma variável fundamental para a análise de políticas econômicas. Ele ressaltou que a desigualdade é um dos principais desafios a serem enfrentados de forma conjunta pelos países do G20, ao lado das mudanças climáticas.

O ministro destacou que a concentração de riqueza nas mãos de poucos está diretamente ligada à crise climática, apontando que o 1% mais rico detém uma parcela significativa dos ativos financeiros mundiais e emite uma quantidade considerável de carbono. Haddad também ressaltou que a crise climática é uma verdadeira emergência e que os países menos desenvolvidos economicamente são os mais prejudicados pelos impactos das mudanças climáticas.

Diante desse cenário, Haddad pediu um novo entendimento sobre globalização e cooperação internacional, diferente do modelo vigente até então. Ele destacou que a rejeição à globalização pode ser atribuída à forma como a integração econômica global foi conduzida até a crise financeira de 2008, resultando em grandes perdas socioeconômicas. Portanto, o ministro defendeu uma abordagem mais equilibrada e justa para a cooperação internacional e a globalização.

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