Durante o evento, Haddad apontou como único defeito da reforma a ampliação das exceções para o pagamento de impostos, o que pode distanciar a alíquota padrão dos 21-22% de alíquota média. Ele ressaltou que a batalha pela reforma ainda não acabou e que é necessário manter a vigilância para garantir que ela seja concluída da melhor forma possível dentro do regime democrático.
O ministro acredita que as exceções poderão ser reavaliadas ao final do prazo de transição em 2032. Ele ressaltou aos empresários que tais exceções podem levar a um aumento da alíquota média do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), novo tributo que substituirá os impostos vigentes.
Além disso, a reforma tributária prevê isenções para a cesta básica, devolução de impostos para famílias de baixa renda, chamada de cashback, e reduções de alíquotas para certos setores e atividades profissionais. No entanto, a inclusão de exceções para diferentes setores e produtos fez com que a alíquota-padrão do IVA subisse para 27,84%.
Haddad criticou a única contribuição do governo anterior para a reforma tributária, que foi a redução do imposto de importação sobre jet ski. Ele ressaltou a importância da reforma como uma das três frentes mais importantes para a modernização do Brasil, ao lado das áreas de crédito e infraestrutura.
O ministro também destacou medidas aprovadas em sua gestão, como o empréstimo consignado privado, a trava no rotativo do crédito e o marco de garantias, como avanços significativos para o sistema de crédito no país. Na visão de Haddad, a reforma tributária pode proporcionar sustentabilidade para uma agenda de reindustrialização do Brasil, focando não apenas na indústria tradicional, mas também na indústria verde e exportadora.