ECONOMIA – Ministro da Fazenda prevê aprovação de instrumentos financeiros para Plano de Transformação Ecológica até o fim do ano


O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, afirmou hoje que os instrumentos financeiros para o Plano de Transformação Ecológica do governo federal deverão ser aprovados no Congresso Nacional até o final do ano. O plano, apresentado pelo ministro em agosto, tem como objetivo a criação do mercado regulado de carbono, a emissão de títulos soberanos sustentáveis e a reformulação do fundo do clima para financiar atividades que envolvam inovação tecnológica e sustentabilidade. Além disso, ele prevê a criação de uma taxonomia sustentável nacional, que será um conjunto de normas para reconhecer projetos ou ativos sustentáveis e orientar investimentos públicos e privados.

De acordo com Haddad, os instrumentos financeiros do Plano de Transformação Ecológica serão finalizados até o final do ano. O projeto que regula o mercado de crédito de carbono já está no Senado e o projeto Combustível do Futuro já está na Câmara dos Deputados. Além disso, a emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis será realizada nas próximas semanas. O ministro também destacou que o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira, que entrou em consulta pública na semana passada, deverá entrar em funcionamento em 2025.

Durante sua visita à Universidade de São Paulo (USP), Haddad conheceu o desenvolvimento de uma tecnologia que permite abastecer carros elétricos com hidrogênio obtido do etanol. Essa tecnologia tem o potencial de praticamente zerar as emissões de carbono dos veículos, produzindo apenas água como resíduo. O ministro elogiou o projeto da USP e destacou a importância estratégica para o Brasil, já que o país possui uma rede de postos de abastecimento veicular com etanol disponível. A ideia é que cada posto tenha uma mini usina para obter hidrogênio a partir do etanol, evitando o transporte perigoso e caro de hidrogênio por caminhões tanque.

Os carros movidos a hidrogênio utilizam uma célula que converte a molécula em energia elétrica, gerando água como resíduo. Na USP, um carro da Toyota já está funcionando com essa tecnologia. Haddad ressaltou que o projeto necessita de mais recursos para pesquisa, cerca de R$ 500 milhões, mas ele acredita que é um investimento pequeno comparado aos benefícios que trará para a humanidade. O ministro se comprometeu a levar a proposta aos órgãos federais e defendê-la com entusiasmo.

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