Nesta terça-feira (4), Haddad terá uma audiência com o papa Francisco, onde apresentará os avanços da presidência brasileira do G20. Entre os pontos que serão discutidos na reunião estão a taxação de grandes fortunas, a luta contra a crise climática e a crise da dívida dos países do sul global. Além disso, o ministro pretende alinhar estratégias com o Vaticano em relação à Cúpula do G7, que acontecerá posteriormente na Itália.
Uma das propostas mais discutidas durante essa viagem é a taxação de até 2% dos rendimentos das maiores fortunas do mundo. Haddad acredita que essa medida pode contribuir significativamente para reduzir a desigualdade social e combater os efeitos das mudanças climáticas. A iniciativa já conta com a adesão de diversos países e pode se tornar uma recomendação de reformas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Além do encontro com o papa, Haddad terá uma reunião bilateral com o ministro da Economia da Espanha para debater oportunidades de cooperação em áreas de interesse mútuo. A Espanha é um dos países que apoiam a proposta de taxação dos super-ricos, ao lado de outras nações como França, Bélgica, Colômbia e União Africana.
Na conferência sobre a crise da dívida em países pobres, o ministro reforçará o compromisso do Brasil em buscar soluções para os desafios econômicos enfrentados por nações em desenvolvimento. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização das Nações Unidas, a situação de endividamento em muitos desses países é preocupante e afeta áreas vitais como educação e saúde.
A viagem de Haddad a Roma é estratégica e visa buscar apoio internacional para as iniciativas do Brasil no cenário econômico global. Com uma agenda intensa e reuniões importantes, o ministro busca fortalecer alianças e obter respaldo para medidas que possam contribuir para um mundo mais justo e equitativo.