ECONOMIA – Ministro da Fazenda adia envio da reforma do Imposto de Renda ao Congresso para refazer cálculos e corrigir “inconsistências”



Reforma do Imposto de Renda segue sob análise antes de ser enviada ao Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou nesta sexta-feira (20) que a Receita Federal está reavaliando os cálculos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) para corrigir possíveis inconsistências no modelo que impactam na calibração do IRPJ. Durante um café da manhã com jornalistas, Haddad ressaltou a importância de corrigir essas distorções antes de submeter a proposta ao Legislativo.

Sem determinar um prazo exato para o envio da reforma do Imposto de Renda ao Congresso, Haddad destacou que o ano legislativo já está encerrado e que a intenção original não era votar a nova fase da reforma tributária neste período. Ele pontuou que o debate sobre o IR vai ocorrer em 2025 e que outras questões também serão consideradas, não se restringindo apenas à isenção para quem ganha até R$ 5 mil.

O ministro frisou que o objetivo da reforma é manter a arrecadação total do tributo, fazendo correções pontuais para eliminar distorções existentes. Além disso, destacou que houve acordos com os presidentes da Câmara e do Senado para que a reforma seja feita sem impactar de forma negativa na arrecadação. Haddad ressaltou que os acordos estabelecidos têm sido cumpridos e que a proposta de reforma do Imposto de Renda terá como princípio a justiça tributária, com foco em reduzir a carga para os mais pobres em comparação aos mais ricos.

Para viabilizar as mudanças no Imposto de Renda, o ministro admitiu a possibilidade de fatiar as propostas e encaminhar vários projetos simultâneos ao Congresso, que serão analisados com base na correlação de forças estabelecida pelos eleitores. Em paralelo, Haddad anunciou que a reforma do Imposto de Renda e a revisão de gastos públicos serão as prioridades da equipe econômica em 2025, juntamente com as reformas microeconômicas para implementar o Plano de Transformação Ecológica.

Além disso, o ministro ressaltou o compromisso do governo brasileiro com os pilares 1 e 2 da OCDE, que envolvem a transferência da tributação de multinacionais para os países onde produzem e a tributação mínima sobre essas empresas. Com a aprovação da taxação mínima de 15% sobre as multinacionais esta semana, o novo modelo será implantado no próximo ano, alinhando-se às diretrizes estabelecidas internacionalmente.

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