Após a identificação do caso em uma granja localizada em Anta Gorda (RS), o Ministério da Agricultura tomou a iniciativa de suspender preventivamente as exportações de produtos avícolas para 44 países, estabelecendo diferentes graus de restrição. Essas restrições variam de dez quilômetros da área afetada até abranger todo o território brasileiro, dependendo das demandas de cada mercado.
O ministro destacou que a estratégia adotada foi mais eficaz do que restringir áreas pontuais e depois aumentar, o que poderia gerar a percepção de aumento nos casos da doença. Fávaro enfatizou que o protocolo de segurança foi seguido rigorosamente, o que permitirá a retomada gradual das exportações. Ele informou que o governo está em constante diálogo com os compradores estrangeiros de carne de frango para reduzir as áreas de restrição do autoembargo.
Além disso, durante o evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro anunciou a possibilidade de anistia das dívidas para os produtores do Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas e enchentes. Fávaro ressaltou que a medida provisória para a anistia está em processo de elaboração e deverá ser publicada até o dia 30 de julho.
No que tange ao Programa Safra, o ministro pediu compreensão ao setor agropecuário, destacando que o atraso no anúncio do programa se deu por questões de agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fávaro defendeu a importância do setor para o país e ressaltou a necessidade de uma postura mais tolerante e democrática em relação às decisões governamentais.
Em meio a essas discussões, o ministro reforçou o compromisso do governo em promover o crescimento do setor agropecuário e a abertura de novos mercados, ressaltando a importância da democracia e da oposição legítima, mas alertando para o perigo da intolerância crescente na sociedade.