Durante o evento, Marina participou de uma mesa com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen. A ministra ressaltou que a escassez de alimentos pode desregular a economia global e gerar instabilidades geopolíticas, além de alertar para o risco de uma inflação global causada pela insegurança alimentar decorrente das mudanças climáticas. Para Marina, esse risco pode ser ainda maior do que os associados à instabilidade econômica e geopolítica relacionada à energia.
Marina também destacou a convergência de interesses entre a área econômica e as propostas ambientais no Brasil, ressaltando a sinergia entre esses setores. Ela mencionou o plano de transformação ecológica coordenado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um exemplo dessa sinergia.
Além disso, a ministra firmou parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para oferecer garantias cambiais a projetos de economia verde no país. O BID disponibilizará US$ 3,4 bilhões em contratos de derivativos, repassados pelo Banco Central a instituições financeiras brasileiras, como uma forma de apoiar investimentos verdes e reduzir o risco de operações financeiras relacionadas a esses projetos.
Diante desse cenário, Marina Silva destaca a importância de ações concretas e coordenadas para enfrentar os desafios provocados pelas mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar, promovendo uma relação equilibrada entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.