As negociações com a EFTA, iniciadas em 2017, foram concluídas após um longo período de diálogo, o que foi celebrado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Ele destacou que, após acordos com Singapura e a União Europeia, o fechamento das negociações com a EFTA assegura um acesso facilitado para 100% das exportações industriais do bloco sul-americano. Alckmin enfatizou que esse resultado é um reflexo do compromisso em estimular a economia, gerando empregos e renda para a população.
A EFTA, estabelecida em 1960, é uma organização intergovernamental que abriga cerca de 15 milhões de habitantes e apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) total próximo a US$ 1,4 trilhão. Destaca-se que Liechtenstein se encontra entre os países com maior PIB per capita do mundo, enquanto a Suíça também figura entre os quatro primeiros nessa lista.
Quanto ao mercado de serviços, o momento é promissor. Dados recentes mostram que em 2024, a EFTA importou US$ 284 bilhões em serviços, tornando-se o nono maior importador global, à frente de economias significativas como a Índia e o Japão. Além disso, o bloco também se destacou na exportação, movimentando US$ 245 bilhões em serviços, consolidando sua posição entre os principais exportadores do mundo.
Apesar da conclusão do acordo, vale ressaltar que os termos ainda devem passar por um processo de ratificação interno de cada um dos países envolvidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra em Buenos Aires, participará de um encontro com outros líderes do Mercosul, onde o Brasil assumirá a presidência pro tempore do bloco nos próximos seis meses. Essa mudança de liderança pode trazer novas perspectivas e impulsionar ainda mais a colaboração entre os países da região e seus parceiros comerciais.