As oscilações do dólar foram palpáveis ao longo do dia. Aproximadamente às 10h30, a cotação atingiu R$ 5,62, apresentando um leve recuo para R$ 5,58 na metade do dia, antes de estabilizar-se próximo ao fim das negociações. Esse comportamento reflete a repercussão das decisões tomadas em nível internacional, especificamente a extensão por 90 dias das negociações comerciais entre os Estados Unidos e o México, o que fortaleceu a moeda americana em diversos mercados.
Paralelamente, a Bolsa de Valores de São Paulo, representada pelo índice Ibovespa, viu uma redução de 0,69%, encerrando o dia aos 133.071 pontos. Este não foi um dia isolado; julho registrou uma queda de 4,17%, marcando o pior desempenho mensal desde dezembro do ano anterior. A sensação de tensão no mercado pode ser atribuída tanto a fatores internos quanto externos, criando um ambiente de incerteza para os investidores.
No âmbito doméstico, a definição da Taxa Ptax, que serve como referência para as correções das reservas internacionais e da dívida pública, também pressionou a cotação do dólar. A expectativa em relação aos juros brasileiros se tornou uma preocupação adicional. O Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que a possibilidade de elevação das taxas não está descartada, caso a inflação comece a subir novamente. Essa perspectiva tende a desviar investimentos da bolsa, em direção a opções de renda fixa, o que impacta diretamente a atratividade do mercado acionário.
Esses desdobramentos ilustram um cenário econômico desafiador, afetado por decisões políticas e financeiras que reverberam tanto no Brasil quanto no exterior, gerando apreensão entre os investidores e uma busca por maior estabilidade.