ECONOMIA – Mercado financeiro projeta alta na inflação e no dólar em 2025, com expectativa de IPCA em 4,99% e dólar a R$ 6.



O mercado financeiro continua mantendo as expectativas de alta tanto para a inflação quanto para a cotação do dólar em 2025. De acordo com as projeções do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar o ano em 4,99%, uma elevação em relação às expectativas anteriores.

Durante as últimas semanas, a expectativa de inflação para 2025 tem aumentado progressivamente, saindo de 4,59% há quatro semanas para os atuais 4,99%. Esses números vão de encontro às previsões do governo federal, que estima um IPCA de 3,1% para o ano, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.

Para combater a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, cuja projeção de encerramento em 2025 aumentou de 14,75% para 15% nas últimas semanas. Essa elevação nos juros reflete as incertezas em relação à economia global e à inflação, impulsionando o mercado financeiro a apostar em uma Selic mais alta já no início do ano.

No que diz respeito ao câmbio, a previsão é de que o dólar atinja o patamar de R$ 6 até o final de 2025, mantendo a tendência de valorização que vem sendo observada nas últimas semanas. Para os anos seguintes, as expectativas se mantêm estáveis, com projeções de R$ 5,90 e R$ 5,80 para 2026 e 2027, respectivamente.

No campo econômico, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 foram revisadas para cima, passando de 2,01% para 2,02%. Para os anos subsequentes, o mercado prevê um crescimento de 1% em 2026 e de 2% em 2027.

Diante desse cenário, o mercado financeiro se mantém atento às oscilações da economia global e aos desafios internos que impactam as projeções para a inflação, a Selic, o câmbio e o crescimento econômico do Brasil nos próximos anos. A volatilidade desses indicadores reflete um ambiente de incerteza e instabilidade que os agentes econômicos precisam enfrentar e monitorar de perto.

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