Esses números indicam que a inflação está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, o CMN implementará o sistema de meta contínua, com o centro da meta fixado em 3%.
A política monetária do Banco Central tem como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente em 11,25% ao ano, a Selic foi elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) devido às incertezas em relação à economia global e à inflação. A expectativa do mercado é de que a Selic encerre 2024 em 11,75% ao ano e suba para 12,63% ao ano em 2025, com reduções nos anos seguintes.
Além da influência da Selic, outros fatores como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas dos bancos também afetam a definição dos juros cobrados dos consumidores. Taxas mais altas podem dificultar a expansão da economia, enquanto taxas mais baixas estimulam a produção e o consumo, porém podem causar aumento da inflação.
No que diz respeito ao crescimento econômico, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil estão em 3,22% para 2024, com expectativas de crescimento contínuo nos anos seguintes. Em relação ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre o ano de 2024 em R$ 5,70 e em R$ 5,60 ao final de 2025. Esses dados refletem as expectativas do mercado financeiro e demonstram a complexidade dos fatores que influenciam a economia do país.