Embora o dólar tenha registrado uma alta mensal de 0,78%, seu comportamento foi volátil. Após uma tendência de queda até o dia 29, o faturamento final de maio não mascarou a pressão que a moeda sofreu devido às tensões comerciais globais. No contexto internacional, a instabilidade foi alimentada pelo pronunciamento agressivo de Trump, que acusou a China de não cumprir acordos firmados para a redução de tarifas e a flexibilização de restrições a minerais essenciais. Essa retórica fez com que o dólar se valorizasse em relação a diversas moedas, em particular nas economias emergentes.
No mercado de ações, o índice Ibovespa registrou uma queda de 1,09%, fechando a sexta-feira aos 137.027 pontos. Apesar desse recuo no último dia do mês, o índice ainda conseguiu fechar maio com um crescimento acumulado de 1,45%, resultando em um terceiro mês consecutivo de valorização.
Além dos fatores externos, questões internas também influenciaram o comportamento do mercado financeiro. A formação da Taxa Ptax, que é a média da taxa de câmbio do dia e utilizada para corrigir diversos ativos e passivos do governo atrelados ao dólar, pressionou a cotação do dólar.
Por outro lado, a divulgação do crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 levantou preocupações. O aumento além do esperado pode levar o Banco Central a manter os juros elevados por um período mais longo, o que tende a desviar investimentos da bolsa para ativos mais seguros, afetando diretamente a confiança dos investidores.
Este cenário reflete o complexo entrelaçamento entre fatores internacionais e domésticos que continuam moldando as expectativas e decisões dos investidores no Brasil e no exterior.