Ao olhar para o futuro, há uma leve variação nas projeções. Para 2025, a expectativa para a inflação recuou ligeiramente de 3,98% para 3,97%. Em 2026 e 2027, as previsões se mantêm em 3,6% e 3,5%, respectivamente.
A previsão para 2024 ainda se encontra acima da meta oficial de inflação, porém dentro do intervalo de tolerância. Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, possuindo uma margem de 1,5 ponto percentual. Isso significa que a inflação pode variar entre 1,5% e 4,5% dentro dos parâmetros de controle.
A partir de 2025, o Brasil adotará o sistema de meta contínua de inflação, eliminando a necessidade de fixar uma meta anual. O CMN já definiu o centro da meta contínua em 3%, com a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em termos recentes, a inflação em julho foi de 0,38%, impulsionada pelos aumentos nos preços da gasolina, das passagens aéreas e da energia elétrica. Em junho, o índice havia registrado 0,21%. No acumulado de 12 meses, o IPCA chegou a 4,5%, alcançando o limite superior da meta de inflação estabelecida.
Um dos principais instrumentos do Banco Central para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter essa taxa nas duas últimas reuniões, interrompendo um ciclo de sete reduções iniciadas em agosto de 2023. De março de 2021 a agosto de 2022, a Selic foi elevada 12 vezes consecutivas devido à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.
No entanto, o cenário de incertezas econômicas e o ambiente externo desfavorável têm influenciado as decisões do Banco Central. Antes de iniciar o ciclo de alta em março de 2021, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, seu menor nível histórico, como estímulo econômico devido à pandemia de COVID-19.
As projeções de mercado indicam que a Selic permanecerá em 10,5% até o final de 2024, caindo para 9,75% ao ano no final de 2025, e reduzindo-se para 9% ao ano em 2026 e 2027.
O crescimento econômico do Brasil, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), deverá ser de 2,2% em 2023, segundo as instituições financeiras. Para 2025, a expectativa é de um crescimento de 1,92%, e para 2026 e 2027, a previsão é de uma expansão de 2% ao ano. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, superando as previsões e registrando um valor total de R$ 10,9 trilhões.
No campo cambial, a previsão para o dólar está fixada em R$ 5,30 para o fim de 2023 e deve se manter nesse patamar até o fim de 2025. As expectativas servem como norte para investidores e analistas, refletindo uma visão ampla sobre o possível desempenho econômico e a estabilidade do mercado financeiro brasileiro nos próximos anos.