Dados do primeiro trimestre de 2025 indicam que a economia brasileira já mostra sinais de vigor, com um crescimento de 1,4% impulsionado pela agropecuária. Esse resultado é notável, já que representa a continuidade do crescimento por quatro anos consecutivos, sendo a maior alta desde 2021, quando o PIB teve um desempenho de 4,8%. O ambiente econômico também reflete expectativas em relação à moeda americana, com a cotação do dólar estimada em R$ 5,80 para o final deste ano e R$ 5,89 ao término de 2026.
Entretanto, não se pode esquecer do desafio inflacionário. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, apontam um leve recuo de 5,46% para 5,44% em 2025. Apesar dessa ligeira melhora, essa taxa ainda supera o teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, as previsões são de 4% e 3,85% para 2027 e 2028, respectivamente.
No que tange às taxas de juros, o Banco Central tem feito ajustes para encerrar 2025 com a Selic em 14,75% ao ano. Isso acontece em meio a aumentos sucessivos, refletindo as pressões inflacionárias, principalmente nos preços dos alimentos e da energia. Enquanto o mercado financeiro espera que essa taxa comece a cair nos anos subsequentes, com uma previsão de 12,5% para 2026, o cenário permanece incerto. Alta dos juros impacta diretamente a atividade econômica, pois encarece o crédito e pode frear o crescimento.
Essas dinâmicas, tanto do crescimento econômico quanto da inflação e das taxas de juros, refletem um Brasil que busca um equilíbrio em meio a desafios globais e locais. As medidas do Banco Central se mostram cruciais para moldar esse cenário em busca da estabilidade econômica desejada pelos cidadãos e pelo mercado.