ECONOMIA – Medidas de corte de gastos obrigatórios devem ser votadas no Congresso até o final do ano, prevê governo e lideranças.



As medidas de corte de gastos apresentadas pelo governo federal nesta semana estão previstas para serem votadas na Câmara dos Deputados e no Senado até o final deste ano, conforme acordado pelo Executivo e pelas lideranças do Congresso Nacional. Com o recesso parlamentar se aproximando, a intenção é que o projeto de lei complementar (PLC) e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tratam do corte de gastos sejam analisados na Câmara nas próximas duas semanas e, posteriormente, no Senado, na última semana de atividades legislativas, programadas para ocorrer entre 16 e 20 de dezembro.

Por outro lado, a reforma tributária da renda só deve ser discutida em 2025, com o objetivo de entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026. As medidas incluem a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a aplicação de uma taxa extra de 10% para aqueles que recebem acima de R$ 50 mil.

Durante uma reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se comprometeu a votar os textos ainda neste ano. Segundo Pacheco, não houve restrições ao pacote apresentado pelas lideranças até o momento.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também se comprometeu a analisar os projetos ainda em 2024, de acordo com informações de sua assessoria. As lideranças receberam de forma positiva as medidas propostas, demonstrando abertura para o diálogo e para a construção de um orçamento mais tranquilo para o próximo ano.

Além do pacote de corte de gastos, o Senado tem em pauta a regulamentação da reforma tributária do consumo, assim como a análise dos projetos de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária (LOA) de 2025. A oposição, representada pelo líder Marco Rogério (PL-RO), criticou o governo pela inclusão de medidas de isenção do Imposto de Renda juntamente com os cortes de gastos, ressaltando a falta de compromisso com a agenda fiscal.

Diante do aumento dos gastos obrigatórios, o governo propôs uma série de medidas de contenção de despesas, prevendo uma redução de R$ 327 bilhões em cinco anos. A reforma tributária da renda, por sua vez, visa ser neutra fiscalmente, com a isenção para os de menor renda compensada pela taxação dos que ganham mais. A expectativa é que as propostas sejam votadas dentro do prazo estabelecido, possibilitando a construção de um orçamento mais equilibrado para o próximo ano.

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