A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman, utilizou as redes sociais para expressar sua insatisfação com a decisão do Copom. Para ela, a manutenção da taxa de juros em um patamar elevado não se justifica, uma vez que a inflação encontra-se controlada.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também discordou da postura conservadora adotada pelo Copom. A entidade havia solicitado a continuidade dos cortes na Selic como medida para estimular a atividade econômica, argumentando que a decisão atual imporá restrições adicionais e terá impactos negativos no emprego e na renda.
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) alertou para os efeitos negativos da manutenção da taxa de juros em níveis elevados sobre o crescimento econômico. Para a entidade, essa medida desestimula investimentos necessários para o desenvolvimento sustentável do país e prejudica a competitividade das empresas brasileiras.
Por sua vez, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) destacou a preocupação com os efeitos dos juros altos sobre o consumo das famílias. O economista-chefe da Apas ressaltou que a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano pode prejudicar tanto os investimentos quanto o consumo, devido à elevada taxa de juros vigente no país.
As centrais sindicais também se manifestaram contra a decisão do Copom, argumentando que a manutenção dos juros básicos em um patamar elevado prejudica o crescimento econômico e beneficia os especuladores em detrimento dos trabalhadores. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical consideraram a decisão “desastrosa” e afirmaram que os juros altos limitam o desenvolvimento do país e beneficiam apenas os rentistas.
Ao frustrar expectativas de redução, o Copom enfrenta críticas de diversos setores da sociedade, que defendem a necessidade de uma política monetária mais estimulante para impulsionar a recuperação econômica e reduzir o impacto negativo sobre o emprego e a renda.