“Meu caro Davi [Alcolumbre, presidente do Senado] e Hugo Motta [presidente da Câmara], a responsabilidade agora é de vocês. Quanto mais rápido a votação acontecer, mais cedo os brasileiros prejudicados poderão se beneficiar”, afirmou o presidente, enfatizando a importância da articulação política nesse momento crítico.
Lula disse ainda que a iniciativa não só visa auxiliar o Brasil, mas também se posiciona como uma solução diante de dificuldades enfrentadas por outros países em situações semelhantes. “Estamos provando ao mundo que é possível encontrar alternativas. Se novas ações forem necessárias, não hesitaremos em implementá-las”, declarou.
Além disso, o presidente questionou a lógica por trás das tarifas impostas pelo governo americano, sugerindo que as medidas podem se revelar contraproducentes. Ele ressaltou que, em diversos segmentos, como o da carne, os preços nos Estados Unidos já estão elevados, o que pode indicar falhas na estratégia adotada pelos norte-americanos.
Lula ainda abordou a questão sob uma ótica mais ampla, criticando o que considerou uma construção de imagem negativa do Brasil por parte dos Estados Unidos. Segundo o presidente, o país não tem justificativas para ser penalizado e refutou as alegações que associariam o Brasil a violações de direitos humanos. “Este debate transcende o econômico; trata-se, acima de tudo, de uma questão política e ideológica”, afirmou.
Ele finalizou sua declaração ressaltando que a punição ao Brasil, feita sob a alegação ligada ao ex-presidente, é questionável e que a verdadeira história deveria levar a uma apreciação positiva das ações do sistema judiciário brasileiro, em vez de críticas infundadas. A expectativa é que o Congresso atue rapidamente para que as medidas entrem em vigor e possam trazer alívio aos setores mais vulneráveis.