ECONOMIA – Investimentos em Tesouro Direto atingem R$ 6,86 bilhões em maio, com saldo líquido de R$ 3,62 bilhões e aumento de 15,1% em investidores ativos.



Os dados do Tesouro Nacional revelam que os investimentos em títulos do Tesouro Direto alcançaram um montante de R$ 6,86 bilhões em maio de 2023. Em contrapartida, os resgates somaram R$ 3,23 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 3,62 bilhões. Essa dinâmica mostra a continuidade do interesse dos brasileiros pelos títulos públicos, mesmo com as variações nas taxas de juros e a incerteza econômica.

Em comparação com o mês anterior, houve uma leve diminuição nos investimentos, já que abril registrou R$ 7,09 bilhões, enquanto os resgates também foram inferiores, totalizando R$ 2,87 bilhões, o que resultou em uma emissão líquida maior de R$ 4,23 bilhões. Essas oscilações podem ser indicativas de mercados mais voláteis e da busca dos investidores por segurança.

Em termos de tipos de títulos, os mais procurados foram os indexados à Selic, que totalizaram 53% dos investimentos do mês. Em seguida, destacaram-se os papéis indexados à inflação, com 35,2%, e os prefixados, que representaram 11,8%. A busca por segurança em um cenário de incertezas econômicas pode explicar a preferência pelos títulos atrelados à Selic, refletindo a preocupação dos investidores com a estabilidade de suas aplicações.

O perfil dos investidores também apresenta características interessantes. Foram realizadas aproximadamente 824 mil operações de compra, com 79,3% dos novos investidores aplicando até R$ 5 mil. O valor médio das transações, de R$ 8.324,32, demonstra que muitos investidores estão aderindo ao Tesouro Direto de forma gradual e planejada.

No que diz respeito aos resgates, a maioria (92%) ocorreu por meio de recompras, enquanto somente 8% referiram-se a títulos que venceram no período. O estoque total de títulos do Tesouro Direto chegou a R$ 176,1 bilhões, o que representa um crescimento de 3,1% em relação ao mês anterior e um expressivo aumento de 26,1% se comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Os títulos com vencimento de 1 a 5 anos constituem a maior parte do estoque, correspondendo a 51,2%, seguidos por aqueles de 5 a 10 anos (25,9%) e os de longo prazo, acima de 10 anos (16,4%). Curiosamente, os vencimentos de até 1 ano apenas representam 6,5% do total, o que indica uma tendência de aplicação em títulos de prazo mais longo.

Com o crescimento do número de investidores ativos, que totalizou 3,01 milhões em maio, este representa um aumento de 15,1% em relação ao ano anterior, somando 30 mil novos participantes no último mês. Esse fenômeno revela uma crescente conscientização da população sobre a importância de investir em produtos financeiros seguros, impulsionando o mercado de títulos públicos no Brasil.

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