De acordo com o Ipea, em novembro a inflação para famílias com renda muito baixa, baixa e média-baixa aumentou de 0,13% em outubro para 0,20% em novembro. Já entre as famílias com renda média, o índice passou de 0,22% para 0,23%. Por sua vez, a inflação para as famílias com renda média-alta permaneceu em 0,23%, enquanto para aquelas com renda alta houve um crescimento de 0,55% para 0,58%.
O relatório do Ipea ressalta que o principal impacto inflacionário para as classes de renda mais baixa em novembro veio do grupo “alimentos e bebidas”, com altas nos preços de produtos como arroz (3,7%), feijão-preto (4,2%), batata (8,8%), cebola (26,6%), carnes (1,4%) e aves e ovos (0,53%). Além disso, os gastos com habitação também exerceram pressão sobre o orçamento dessas famílias, especialmente devido ao aumento de 1,1% nas tarifas de energia elétrica.
Por outro lado, para as famílias de renda mais alta, o maior impacto da inflação no mês veio da alta de 19,1% nos preços das passagens aéreas e de 0,76% nos planos de saúde.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação segue crescendo de acordo com a faixa de renda: muito baixa (3,38%), baixa (3,85%), média baixa (4,40%), média (4,93%), média-alta (5,24%) e alta (6,09%).
Vale ressaltar que a inflação oficial é medida mensalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Ipea utiliza os dados do IBGE para fazer a divisão da inflação por faixa de renda, fornecendo um panorama mais detalhado dos efeitos inflacionários sobre diferentes segmentos da sociedade.