No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registra uma variação de 3,96%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa atinge 5,05%, valor superior aos 5% registrados em setembro.
Apesar do grupo de transporte ter tido um impacto positivo na taxa de inflação, com um aumento de 0,78% e uma contribuição de 0,16 p.p., os preços dos combustíveis ajudaram a conter a inflação, apresentando uma queda de 0,44%. A gasolina (-0,56%), o etanol (-0,27%) e o gás veicular (-0,27%) foram os principais responsáveis por essa redução nos preços, sendo que apenas o diesel teve um aumento de 1,55%.
Dos nove grupos pesquisados, sete tiveram uma alta nos preços no mês de outubro. Além do transporte, os itens de habitação, artigos de residência, vestuário, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais e educação também apresentaram aumento de preços.
Por outro lado, o grupo de alimentos e bebidas exerceu um papel importante na contenção da inflação, com uma queda de 0,31% nos preços, que representaram uma contribuição de -0,07 p.p. no IPCA-15. Alimentos como leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e carnes (-0,44%) foram os responsáveis por essa redução no custo dos alimentos no domicílio.
Esses dados foram obtidos através da coleta de preços realizada pelo IBGE no período de 15 de setembro a 13 de outubro. O indicador abrange famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e inclui as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
No mês de setembro, o IPCA cheio, que representa a inflação oficial, foi de 0,26%.