Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12). De acordo com o levantamento, o IPCA acumula uma taxa de 3,23% no ano. Em um período de 12 meses, a taxa de inflação acumulada é de 4,61%, ainda dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que varia entre 1,75% a 4,75%.
O grupo habitação foi o principal responsável pelo impacto na inflação de agosto, com alta de 1,11% no mês. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo custo da energia elétrica, que teve uma elevação de 4,59%. Segundo André Almeida, pesquisador do IBGE, o aumento na tarifa de energia elétrica se deu pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, que havia impactado positivamente as contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e não está mais presente em agosto.
Além disso, também foram aplicados reajustes nas tarifas de energia em Vitória (3,20% a partir de 7 de agosto), Belém (9,40% a partir de 15 de agosto) e São Luís (10,43% a partir de 28 de agosto).
Outros grupos que tiveram impactos significativos na taxa de inflação de agosto foram saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%). No grupo saúde, destacaram-se o aumento nos preços dos produtos para a pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%). Já nos transportes, os destaques foram o aumento nos preços do automóvel novo (1,71%), da gasolina (1,24%) e do óleo diesel (8,54%).
Por outro lado, os alimentos apresentaram queda (-0,85%), devido à redução nos preços de itens como batata-inglesa (-12,92%), feijão-carioca (-8,27%), tomate (-7,91%), leite longa vida (-3,35%), frango em pedaços (-2,57%) e carnes (-1,90%).
Os demais grupos de despesa registraram as seguintes taxas: educação (0,69%), vestuário (0,54%), despesas pessoais (0,38%), artigos de residência (-0,04%) e comunicação (-0,09%).