Entretanto, a estimativa para 2025 ainda fica acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, podendo variar em 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso implica que o limite superior é 4,5%. Em junho, mesmo sob pressão do crescimento dos preços da energia elétrica, a inflação oficial exibiu uma desaceleração, encerrando o mês com um aumento de apenas 0,24%. Este resultado marcou a primeira queda nos preços dos alimentos após nove meses, embora o índice acumulado nos últimos 12 meses tenha chegado a 5,35%, permanecendo acima do teto da meta por seis meses seguidos.
Esse cenário implica que, segundo o novo regime de metas de inflação adotado em 2024, o presidente do Banco Central deverá apresentar uma justificativa formal ao ministro da Fazenda sempre que a inflação ultrapassar o limite de 4,5% durante um período prolongado. No que diz respeito à política monetária, o Banco Central elevator a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano em sua última reunião. Apesar da diminuição da inflação, incertezas econômicas levaram a esse aumento, que foi o sétimo consecutivo em um ciclo de contração Monetária.
As expectativas do mercado indicam que a Selic deve permanecer neste patamar nas próximas reuniões, mas a possibilidade de novos aumentos não foi descartada, dependendo da trajetória da inflação. Para 2026, espera-se que a taxa básica se reduza para 12,5% ao ano, com projeções de queda adicional para 10,5% e 10% nos anos posteriores. Esse ajuste na taxa de juros visa controlar a demanda aquecida, embora a alta dos juros possa encarecer o crédito e desacelerar o crescimento econômico.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, por sua vez, é esperado para crescer 2,23% em 2025, conforme as projeções do mercado. Para 2026, a previsão foi levemente ajustada de 1,89% para 1,88%, com crescimento esperado de 2% tanto para 2027 quanto para 2028. O PIB brasileiro teve um bom desempenho no primeiro trimestre de 2025, crescendo 1,4%, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. Para a cotação do dólar, as expectativas se estabilizam em R$ 5,65 para o final deste ano, incrementando para R$ 5,70 em 2026. Esse ambiente econômico reflete um período de cautela e ajustes nas expectativas, onde o Banco Central desempenha um papel crucial na condução das políticas econômicas.