ECONOMIA – Inflação em queda: Mercado financeiro revisa projeção do IPCA para 5,20% e espera Selic alta até 2025, em meio a incertezas econômicas.



O cenário econômico brasileiro segue sendo acompanhado de perto pelo mercado, especialmente no que se refere à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A mais recente atualização do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, trouxe uma leve redução na previsão da inflação para 2023, que agora se encontra em 5,20%, uma queda em relação à estimativa anterior de 5,24%. Esse boletim é um importante termômetro das expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país.

Para os próximos anos, as previsões mantêm uma certa estabilidade. A expectativa para 2026 se fixa em 4,5%, enquanto para 2027 e 2028, as estimativas são de 4% e 3,83%, respectivamente. Contudo, a previsão para 2025 ultrapassa o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece um limite de 3% com uma margem de 1,5 ponto percentual.

Recentemente, em maio, a inflação oficial registrou uma desaceleração, fechando em 0,26%, influenciada principalmente pelo aumento nos custos da energia elétrica residencial. Esse número é uma queda em relação ao resultado de abril, que havia sido de 0,43%. No acumulado do ano até agora, a inflação conseguiu atingir uma marca de 2,75%, enquanto em um período de 12 meses o índice totaliza 5,32%.

Para combater a inflação e atingir a meta estabelecida, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal instrumento de política monetária, atualmente fixada em 15% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar essa taxa em 0,25 ponto percentual na reunião mais recente, marcando o sétimo aumento consecutivo. Essa decisão de elevar os juros surpreendeu o mercado, que não esperava tal medida em um momento de redução da inflação.

As perspectivas de juros indicam que a taxa deve permanecer em 15% até o final de 2025, com projeções que apontam uma redução gradual para 12,5% em 2026 e, posteriormente, para 10,5% e 10% em 2027 e 2028. A elevação da Selic visa conter a demanda e controlar a inflação, mas pode também restringir o crescimento econômico, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por outro lado, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permanecem positivas, com uma previsão de 2,21% de crescimento para este ano. Para 2026, a expectativa melhora ligeiramente e sobe para 1,87%, enquanto para 2027 e 2028 a projeção é uma expansão de 2%. Os impactos do crescimento econômico já são visíveis, com um aumento de 1,4% no primeiro trimestre deste ano, impulsionado principalmente pela agropecuária.

Em relação ao câmbio, a cotação do dólar está projetada em R$ 5,70 ao final de 2025, com uma leve alta a R$ 5,79 até o fim de 2026. A situação econômica é complexa, envolvendo variáveis como inflação, taxa de juros e crescimento do PIB, que se inter-relacionam de maneira direta, influenciando o bem-estar econômico do país.

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