Ao analisar o desempenho da inflação no acumulado do ano, observamos uma taxa de 2,75% até agora. Quando olhamos para o período de doze meses, o número sobe para 5,32%, indicando a complexidade do cenário econômico nacional. O grupo que exerceu maior pressão sobre a inflação em maio foi o de habitação, que sofreu um aumento médio de 1,19%, sendo fortemente influenciado pelo custo da energia elétrica, que subiu 3,62%. Essa alta se deu em parte devido à bandeira tarifária amarela, que impôs um adicional de R$ 1,885 por 100 kWh consumidos.
Além dessa elevação nas tarifas elétricas, foram observadas altas no custo do gás encanado (alta de 0,25%) e na taxa de água e esgoto (0,77%). No entanto, o cenário não é inteiramente negativo. A inflação também teve seus aspectos benéficos, como a deflação nos transportes, que registraram uma queda média de 0,37%. Essa diminuição foi impulsionada por fatores como a queda nos preços das passagens aéreas, gasolina e diesel, com destaque para uma redução significativa de 11,31% nas passagens aéreas.
Outro ponto positivo foi a desaceleração da inflação no setor de alimentação, que passou de uma inflação de 0,82% em abril para apenas 0,17% em maio. Os produtos que mais contribuíram para essa desaceleração foram o tomate, arroz e ovos de galinha, que apresentaram quedas substanciais. Além disso, outros grupos, como artigos de residência e vestuário, também mostraram deflação ou desaceleração nas taxas.
Com esses dados, a análise da inflação no Brasil em maio proporciona uma visão mais ampla do equilíbrio entre os setores da economia, destacando tanto os desafios quanto as melhoras no cenário econômico. O monitoramento contínuo dessas variáveis é crucial para todas as partes envolvidas, desde o consumidor até os formuladores de políticas públicas.