O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial, o IPCA, e ambos os índices consideram uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é realizada antes do fim do mês de referência para servir como uma prévia do comportamento dos preços.
Nos últimos seis meses, os preços dos alimentos tiveram variações significativas, conforme apontado pelo IPCA-15. Em fevereiro de 2025, a alta foi de 0,61%, enquanto em janeiro foi de 1,06%. Em dezembro de 2024, a variação foi de 1,47%, e em setembro do mesmo ano, foi de apenas 0,05%.
A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo, especialmente devido a fatores como questões climáticas que têm impactado os custos da produção. O IPCA-15 de fevereiro apontou um impacto dos alimentos de 0,14 ponto percentual no índice geral, com alta de 0,63% na alimentação no domicílio.
Os principais aumentos foram observados no preço da cenoura (17,62%) e café moído (11,63%), enquanto as principais quedas foram registradas na batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%). A alimentação fora do domicílio também desacelerou, passando de 0,93% para 0,56% em fevereiro.
Apesar da desaceleração no IPCA-15 de fevereiro, a inflação dos alimentos no acumulado dos últimos 12 meses ainda está acima da inflação geral, com o grupo de alimentos e bebidas registrando uma alta de 7,12%. Esses dados mostram a importância de acompanhar de perto a evolução dos preços dos alimentos e suas implicações na economia do país.