De acordo com os cálculos apresentados no estudo, a cada ponto percentual de aumento na dívida pública em relação ao PIB, o país perde cerca de R$ 1,3 bilhão anualmente. Isso reduz a capacidade de investimento do setor privado, eleva o custo do crédito e compromete a competitividade nacional. Diante desse cenário preocupante, a CNC destaca a importância da reforma administrativa como uma solução essencial para evitar uma estagnação econômica e a imposição de uma crescente pressão fiscal sobre as empresas.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, enfatizou que a reforma administrativa não é apenas uma questão de eficiência, mas de sobrevivência para o setor empresarial no Brasil. Nos últimos 20 anos, os gastos públicos avançaram a uma taxa média de 53% ao ano, enquanto as receitas cresceram apenas 35%. Essa discrepância tem resultado em déficits consecutivos, levando o governo a recorrer a mais endividamento e pressionando o setor produtivo com juros elevados e uma carga tributária em constante crescimento.
A CNC também ressaltou que, sem reformas estruturais, o país poderá atingir uma dívida pública equivalente a 100% do PIB até 2033, o que terá impactos diretos no custo de financiamento e nos investimentos em áreas-chave como infraestrutura, saúde e educação. A entidade alerta que a falta de ajustes na gestão fiscal pode resultar em consequências desastrosas para as empresas, incluindo um maior custo do crédito, a retração de investimentos e a perda de competitividade no mercado global.
Diante desse contexto desafiador, a CNC destaca a importância de implementar a reforma administrativa rapidamente, visando não apenas a economia de recursos, mas também a atração de novos investimentos por meio de privatizações e concessões. A entidade reforça que medidas urgentes são necessárias para garantir o desenvolvimento sustentável do país e a preservação da saúde financeira das empresas brasileiras.