ECONOMIA – Haddad garante que o arcabouço fiscal impulsiona o equilíbrio das contas públicas, em declaração à imprensa.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) o novo arcabouço fiscal, que segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá acelerar o equilíbrio das contas públicas. Haddad, que está em viagem à África do Sul ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar da reunião do Brics, afirmou que as novas regras permitirão ao país crescer de forma mais robusta.

De acordo com o ministro, o novo arcabouço fiscal ajudará não apenas na recuperação econômica do Brasil, mas também na melhoria de sua posição geopolítica. Haddad ressaltou que o equilíbrio das contas públicas viabilizará o país a aproveitar suas vantagens competitivas em relação a outros países e aumentar sua taxa de crescimento, que tem sido baixa nos últimos 10 anos.

“A meta do Brasil é crescer acima da média mundial, de forma sustentável. Atualmente, o país possui uma renda per capita, medida pela paridade de poder de compra, ainda muito baixa em comparação com outros países com o mesmo potencial”, destacou Haddad.

Além da aprovação do novo arcabouço fiscal, Haddad comentou sobre o projeto de lei que visa tributar os fundos exclusivos e as offshores (empresas de investimentos no exterior). O ministro acompanhou as negociações do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, enquanto estava na África do Sul.

Como parte do acordo, o governo concordou em retirar a tributação das offshores da medida provisória (MP) que aumentou o salário mínimo para R$ 1.320. Essa questão será abordada em um projeto de lei, em troca da elaboração de outra MP para instituir a cobrança semestral de imposto de renda sobre os rendimentos dos fundos exclusivos, com uma expectativa de arrecadação de aproximadamente R$ 10 bilhões por ano.

Haddad afirmou que o acordo não afetou os planos do governo de aumentar a arrecadação para cobrir a correção da tabela do Imposto de Renda e ajudar a zerar o déficit público até 2024.

Por fim, o ministro pediu que o Congresso aguarde até dezembro, quando a primeira fase da reforma tributária deverá estar aprovada, para discutir a renovação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Segundo Haddad, o projeto atual é inconstitucional e precisa ser remodelado, considerando a reforma da Previdência, que impediu a renovação de incentivos fiscais sem especificar a fonte de recursos para compensar as medidas.

Haddad enfatizou que é necessário resolver esse problema da melhor maneira possível e que precisa de mais tempo para chegar a uma solução adequada.

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