Fávaro ressaltou a eficácia das medidas sanitárias adotadas pelo Brasil, que incluem a instalação de barreiras sanitárias e a supervisão rigorosa das propriedades rurais no entorno da granja afetada. Até o momento, foram vistoriados 540 estabelecimentos rurais no raio de 10 quilômetros, incluindo duas granjas que operam na avicultura comercial. O ministro mencionou que, atualmente, apenas uma propriedade permanece sob investigação.
Em um tom otimista, o ministro apontou que, em um período de 20 dias, o Brasil poderá anunciar que está livre da gripe aviária, dependendo do cumprimento de protocolos sanitários rigorosos. Ele explicou que, passados 28 dias desde a identificação do caso mais recente, o país deverá ser considerado livre da doença, baseando-se na ausência de novos surtos.
Entretanto, a descoberta do foco levou à suspensão das importações de carne e ovos do Brasil por 24 países, com 13 deles restringindo a compra apenas dos produtos originários do Rio Grande do Sul. Fávaro garantiu que, assim que o país for oficialmente declarado livre da gripe aviária, as exportações serão retomadas gradualmente.
Ele afirmou que a resposta rápida ao foco em Montenegro evitou uma propagação mais severa da doença, comparando a situação brasileira com o que ocorreu nos Estados Unidos, onde um surto recente resultou no abate de 700 mil aves. “Se aquele foco tivesse espalhado, outros casos mortais poderiam ter surgido”, destacou, reforçando a capacidade de controle sanitário do Brasil.
A gripe aviária, que afeta principalmente aves, tem raramente impacto nos seres humanos. O ministério orienta que a população consuma carne e ovos com segurança, desde que devidamente preparados, e reafirma a importância de adoção de medidas preventivas. Com ações bem coordenadas e a vigilância sanitária em dia, o Brasil continua a se afirmar como um líder global na produção avícola, livre da doença em seus plantéis comerciais.