ECONOMIA – Governo oficializa congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir novo arcabouço fiscal.



Nesta segunda-feira (22), a equipe econômica do governo oficializou o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. Essa medida foi necessária para cumprir as regras do novo arcabouço fiscal, que estabelecem limites para os gastos do governo em relação ao crescimento das receitas.

De acordo com as regras aprovadas no ano passado, os gastos do governo podem aumentar até 70% em relação ao crescimento das receitas acima da inflação do ano anterior. Além disso, o marco fiscal define uma meta de resultado primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou o anúncio do congelamento na última quinta-feira (18), diante da alta do dólar nos dias que precederam a divulgação do relatório. Dos R$ 15 bilhões a serem congelados, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bilhões serão contingenciados.

É importante ressaltar que tanto o bloqueio quanto o contingenciamento representam cortes temporários de gastos. No caso do bloqueio, ocorre quando os gastos do governo ultrapassam o limite estabelecido em relação ao crescimento das receitas. Já o contingenciamento se dá quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário.

A distribuição dos cortes pelos ministérios será divulgada no dia 30, quando um decreto presidencial com os limites de gastos por pasta for publicado. De acordo com a legislação, o detalhamento do congelamento deve ser publicado até oito dias após o envio do relatório ao Congresso.

Essa ação do governo é mais um capítulo na busca por equilibrar as contas públicas e cumprir com as metas fiscais estabelecidas. Em março deste ano, o governo já havia bloqueado R$ 2,9 bilhões em gastos discricionários. Essas medidas são essenciais para garantir o cumprimento dos limites de gastos do arcabouço fiscal e evitar um déficit primário maior do que o previsto.

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