ECONOMIA – Governo federal propõe ampliação do crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada através do eSocial, em inovação no sistema bancário.



O governo federal está trabalhando para ampliar o acesso ao crédito consignado para os trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Atualmente, cerca de 42 milhões de celetistas enfrentam dificuldades para obter esse tipo de empréstimo, que oferece condições mais favoráveis, como taxas de juros mais baixas.

A proposta em análise consiste em criar uma plataforma que permitirá aos bancos e instituições financeiras acessarem diretamente o perfil de crédito dos trabalhadores por meio do sistema eSocial. Essa ferramenta eletrônica unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados em todo o país, facilitando o acesso ao crédito consignado.

Os atuais trâmites para que as empresas e os bancos firmem convênios têm se mostrado um obstáculo para a expansão do crédito consignado, principalmente para pequenas e médias empresas. Com a nova plataforma, a ideia é simplificar esse processo e permitir que mais empregadores disponibilizem esse benefício aos seus funcionários.

Durante uma reunião com a presença do presidente Lula, do ministro da Fazenda Fernando Haddad e do ministro do Trabalho Luiz Marinho, além de representantes dos principais bancos do país, foi discutida a viabilidade e os benefícios da medida. O presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney, ressaltou que a nova modalidade de crédito consignado representa uma oportunidade de “pequena revolução” no sistema de crédito brasileiro.

A previsão é de que uma Medida Provisória seja editada ainda em fevereiro para viabilizar a implementação desse novo modelo de crédito consignado. As regras sobre limites de empréstimo e as garantias, como o uso do FGTS e da multa por demissão sem justa causa, devem permanecer as mesmas para os trabalhadores celetistas.

Com a integração do eSocial aos aplicativos bancários, estima-se que a oferta de crédito consignado para esse público possa triplicar, passando dos atuais R$ 40 bilhões para aproximadamente R$ 120 bilhões. Essa medida visa democratizar o acesso ao crédito e impulsionar a economia, beneficiando tanto os trabalhadores quanto as instituições financeiras envolvidas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo