O pacote de investimentos inclui 60 obras consideradas estruturantes, com R$ 2,66 bilhões destinados ao Arco Norte e R$ 2,05 bilhões ao Arco Sul/Sudeste. Além disso, o governo planeja realizar 13 leilões para concessões de estradas e pontes, com a expectativa de investimentos de R$ 122 bilhões, sendo R$ 95 bilhões relacionados aos corredores do agronegócio. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, enfatizou a importância da infraestrutura para a formação dos preços dos produtos agrícolas, afirmando que a má qualidade das rodovias pode resultar em custos elevados de transporte.
Os investimentos também abrangem portos e aeroportos, com previsão de R$ 639 milhões em portos e hidrovias em 2024, além da criação da Secretaria Nacional de Hidrovias e Transporte Aquaviário. A pasta de Portos e Aeroportos planeja realizar 35 leilões de infraestrutura até 2026, com previsão de arrecadar R$ 14,5 bilhões em investimentos no setor, além de R$ 23 bilhões com renovações e prorrogações de contratos de arrendamento, e outros R$ 41 bilhões com novas autorizações de contratos de adesão.
A expectativa é que esses investimentos melhorem significativamente a infraestrutura de transporte no país, resultando em rodovias e ferrovias em melhores condições e um impacto positivo nos custos de transporte e consequentemente nos preços dos produtos agrícolas. A atração do capital privado através de leilões de concessão de estradas e pontes é vista como uma forma viável de impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura, uma vez que o governo enfrenta restrições fiscais que limitam os recursos públicos disponíveis para investimento. Com isso, o Brasil busca fortalecer a logística do agronegócio e melhorar as condições gerais de transporte para impulsionar a economia do país.