De acordo com Barreirinhas, serão necessários R$ 15,8 bilhões em receitas extras para compensar a extensão da desoneração aos 17 setores da economia, juntamente com mais R$ 10 bilhões para manter a contribuição ao INSS por pequenos municípios em 8%. Esses valores estão acima das estimativas do Senado, que calculava o impacto em R$ 10 bilhões para a desoneração dos setores e R$ 7,2 bilhões para os municípios.
O secretário destacou que as estimativas mais altas se devem ao uso de cálculos conservadores e que o governo está comprometido em compensar todas as desonerações que forem estendidas. Essas informações foram apresentadas durante uma entrevista coletiva realizada para explicar o desbloqueio de R$ 2,9 bilhões do Orçamento.
Além disso, o relatório que orienta a execução do Orçamento também manteve os R$ 5,8 bilhões de previsão de arrecadação para o Programa de ajuda para empresas de eventos e turismo, o Perse. Mesmo com a prorrogação do programa por três anos, os gastos permanecem limitados a R$ 15 bilhões durante esse período.
Outro ponto abordado foi a expectativa de receitas de dividendos da Petrobras, que foram elevadas em R$ 14,3 bilhões no relatório. O governo conta com a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários pela estatal para evitar descumprir a meta de déficit primário zero. Até o momento, a Petrobras distribuiu apenas 50% dos dividendos previstos.
Caso novos fatos relevantes ocorram, as estimativas poderão ser revisadas nos próximos relatórios. No entanto, o governo está confiante na distribuição dos dividendos pela Petrobras e continua trabalhando para ajustar as contas públicas e cumprir suas metas orçamentárias.