Segundo informações divulgadas pelo Palácio dos Bandeirantes, a venda das ações será dividida em dois grupos. O primeiro lote, correspondente a 15% dos papéis, será destinado a um investidor de referência. As instruções para participar dessa disputa serão divulgadas em breve pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado.
Já o segundo lote, composto por cerca de 17% das ações, estará disponível para todo o mercado, incluindo pessoas físicas, jurídicas e funcionários da Sabesp. De acordo com o governo, não haverá oferta primária, o que significa que apenas as ações atualmente pertencentes ao Governo de São Paulo serão negociadas.
O investidor de referência terá papel fundamental no processo, sendo responsável por indicar o presidente do Conselho de Administração, conforme estabelecido no Acordo de Investimentos. Este acordo prevê que o Conselho terá nove integrantes, sendo três indicações do governo de São Paulo, três do investidor de referência e três independentes.
Além disso, o investidor de referência terá restrições em relação à venda das ações, ficando proibido de participar de projetos concorrentes com a Sabesp nos municípios paulistas, a menos que haja autorização do Conselho de Administração. A oferta pública das ações, que será conduzida pelos bancos BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS e Itaú BBA, ainda não possui data definida.
Com essa decisão, o governo de São Paulo busca garantir uma transição segura no processo de privatização da Sabesp, visando sempre o melhor interesse da população e a eficiência na prestação dos serviços de saneamento básico no estado.